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terça-feira, 4 de junho de 2013

Homicídios caem, mas recuo ainda é tímido

Balanço divulgado pela Secretaria de Segurança Pública aponta para quedas desde o mês de abril
Catherine Moraes
Em 04/06/2013, 00:06
Em dois meses, uma redução de 26% nos homicídios do Estado. Esta é a constatação da estatística referente a dois períodos seguidos de queda, divulgada ontem pela Secretaria de Segurança Pública e Justiça do Estado de Goiás (SSPJ-GO). Segundo o órgão, o número de mortes de março no Estado, quando atingiu o elevado número de 257 registros, foi para 197 em abril, e agora 190 constatados em maio. Na capital, os números também reduziram, mas em menor proporção: de 55 em março (até agora o mês mais violento do ano) para 50 mortes em abril e agora 44 em maio. Até o final de maio, em Goiânia, foram 230 homicídios dolosos, conforme dados da SSPJ. No mesmo dia em que demonstram os mapeamentos, a Secretaria anunciou a implementação de ações focadas de modo específico em cada região, com a concretização das Áreas Integradas de Segurança (AIS). 
Entre os meses de janeiro a maio de 2012, foram registradas em Goiás 905 mortes, sendo 216 apenas na capital. Os números atuais, referentes aos cinco primeiros meses de 2013, são ainda mais graves, com aumento em 16,13% e 6,48%, respectivamente. O balanço da violência, se não sofrerem de fato uma queda brusca até o final do ano, indicam para um ano ainda mais violento que 2012, quando as mortes bateram o recorde histórico de 547 assassinatos apenas em Goiânia e 2.426 em Goiás. Na capital, a faixa etária predominante das vítimas ainda é de 18 a 24 anos, somando 78 vítimas. Já o sexo, é predominantemente masculino, com mais de 88% das mortes.
Secretário de Segurança, Joaquim Mesquita esclarece que em momento algum a secretaria afirmou que o número de homicídios é baixo. “Há um longo caminho a ser percorrido, mas esse novo modelo de gestão possibilitará a redução gradativa e contínua da criminalidade”, garante. De acordo com ele, as regiões noroeste e leste ainda concentram a maioria dos homicídios de Goiânia. No topo da lista Jardim Novo Mundo, seguido de Real Conquista e Jardim Curitiba. Apesar disso, houve uma redução de 38% no número de homicídios na região noroeste de Goiânia, no comparativo com abril.
Na região leste, entretanto, os dados permaneceram estáveis. “O monitoramento possibilita identificar não só os bairros, mas também os dias e horários em que os crimes ocorrem. Assim, as polícias podem focar a atuação nos dias e horários mais críticos”, afirmou.
Gestão
O novo modelo de gestão prevê três etapas: o alinhamento de atuação das polícias, a identificação do perfil criminal de cada região e a definição de ações. Além disso, prevê o pagamento de um de bônus de produtividade para os agentes de Segurança Pública, mas isso após aprovação da metodologia de controle de Indicadores de criminalidade.
A primeira cidade a receber o modelo de gestão será a própria capital, que foi dividida em sete Áreas Integradas de Segurança: central, noroeste, norte, sudoeste, oeste, sul e leste. Com o mapeamento dos índices de ocorrências, a polícia definiu o perfil criminal de cada bairro. No início de maio, foram implementadas AIS Noroeste (75 bairros) e Leste (131 bairros). Agora, será a vez das AIS Sul (27 bairros) e Central (86 bairros).
Outros crimes
Por meio do mapeamento, a Secretaria identificou que, nas regiões sul e central, os maiores problemas são roubos e furtos de veículos. Dessa forma, a atuação neste tipo de crime será intensificada. Casos como roubos a residência, entretanto, diminuíram de 121 em abril para 105 em maio, isso, no Estado. Já em Goiânia, foram registrados 47 casos em maio, contra 54 em abril. Quando o assunto é roubo a estabelecimentos comerciais, a diminuição foi de 7%. De 580 em abril passaram para 542 em maio.
Ampliação de efetivo
Joaquim Mesquita se reuniu ontem com o comandante-geral da PM, coronel Sílvio Benedito Alves, o delegado-geral da Polícia Civil, João Carlos Gorski, o superintendente de Políticas de Segurança, Rogério Santana, além de delegados de quatro regiões do Estado. “Após a implementação de todas as AIS de Goiânia, partiremos para o interior”, completou o secretário.
Antes mesmo de aumentar o número de efetivo, Mesquita afirmou que pretende reduzir os índices criminais. “Primeiro temos de fazer mais com o mesmo. Depois, fazer mais com mais.” Além disso, ele afirma que o modelo de gestão culminará com o pagamento de bônus para os policiais das AIS que conseguirem diminuir os índices. “Já temos a previsão legal para isso. Mas o bônus é apenas o final de um processo. O mais importante é a adoção de um modelo de gestão mais eficiente.” A previsão é de contratar mais 3 mil policiais até o segundo semestre. Atualmente, o efetivo gira em torno de 13 mil policiais.

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